A onça de ouro está a negociar no vermelho, numa altura em que o optimismo em torno das conversações entre Ucrânia e Rússia apaga algum do prémio de risco do metal precioso. Na segunda-feira (19), o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, revelou que os dois lados vão iniciar “negociações imediatamente”, sem a presença de autoridades norte-americanas.
Nesta manhã, o ouro recua 0,42% para 3216,14 dólares por onça, continuando a sobrevoar os máximos históricos de 3500 dólares atingidos no mês passado. Desde o início do ano, o metal precioso já valorizou mais de 22%, tendo alcançado uma série de recordes consecutivos, apoiado por um adensar de conflitos geopolíticos e grande incerteza económica.
“Acho que estamos próximos de uma correcção de maior magnitude [nos preços do ouro], especialmente se as tensões geopolíticas continuarem a recuar e os juros dos títulos norte-americanos crescerem ainda mais com as políticas da administração Trump”, explicou Kyle Rodda, analista de mercados da Capital.com.
Os investidores aguardam agora por uma maior clareza económica, num dia marcado por uma série de intervenções por parte de membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana. O banco central tem apostado numa postura bastante cautelosa face a toda a incerteza introduzida nos mercados e na economia com as tarifas de Donald Trump – e deve continuar assim até ao final do ano.
Até ao final de 2025, a Fed deve proceder a apenas dois cortes nas taxas de juro de referência, com os mercados a apontarem para o primeiro em Outubro.