Sempre que se fala da Igreja Católica, vem à mente Itália e, mais especificamente, a Basílica de São Pedro. Os católicos acreditam que a Basílica, sediada em Roma, se situa num local sagrado onde São Pedro, que biblicamente liderava os 12 discípulos de Jesus, foi enterrado.
A julgar pelos padrões arquitectónicos italianos, esta basílica romana transmite sempre a ideia de que não há outra igreja que se lhe aproxime. Mas África tem-na, e é ainda maior.
A maior igreja católica de África é a Basílica de Nossa Senhora da Paz de Yamoussoukro, na Costa do Marfim. Yamoussoukro é uma cidade populosa deste país da África Ocidental, conhecida pela sua posição política e cultural.
Félix Houphouët-Boigny, o primeiro Presidente do país, construiu a igreja como um presente para o povo de Yamoussoukro, onde cresceu. A população da Costa do Marfim é maioritariamente muçulmana (42,5%) e cristã (39,8%), na sua maioria católica.
Pierre Fakhoury, um arquitecto nascido no Líbano, desenhou esta basílica em Yamoussoukro, inspirando-se fortemente no Vaticano. Dumez, uma empresa de construção afiliada à França, construiu esta igreja entre 1985 e 1989, um projecto que custou milhões de dólares.
A Basílica de Nossa Senhora da Paz tem 90 mil metros quadrados de mármore italiano importado e 18 500 painéis de vitrais franceses feitos à mão, enviados de França. A France Vitrail International, que forneceu o vidro, afirma que esta foi a maior encomenda individual da empresa até à data.
Com capacidade para 18 mil pessoas, esta basílica dispõe de sete mil lugares sentados e de um espaço adicional para 11 mil pessoas de pé. A sua decoração arquitectónica interior apresenta colunas estruturais e decorativas, todas de diferentes tamanhos. Existem elevadores em todos os cantos da estrutura, que conduzem às suas moradias gémeas, cujo significado é ilimitado.
Uma das moradias é uma reserva para o Papa sempre que a visita, enquanto a outra serve de zona administrativa a partir da qual o clero dirige a igreja. Ironicamente, só se registou uma visita papal, durante a consagração da igreja pelo Papa João Paulo II, em 1990. Houphouët-Boigny ainda estava no poder e convidou o Papa do Vaticano para aceitar formalmente a dádiva e consagrar a igreja.



Fonte: See Africa Today