O Banco Mundial aprovou, nesta quinta-feira (15), uma subvenção de 350 milhões de dólares da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) para apoiar o Projecto de Armazenamento de Energia Hidroeléctrica de Mpatamanga (MHSP) do Maláui, uma operação de infra-estrutura que visa transformar o panorama energético do país e a sua trajectória de desenvolvimento económico.
Segundo informou o Banco Mundial no seu website, após a conclusão do projecto, e sob reserva da mobilização de financiamento privado, o MHSP aumentará significativamente a capacidade instalada do país, fornecendo anualmente 1544 gigawatts-hora de energia limpa, que ajudará a providenciar electricidade a mais de um milhão de novos agregados familiares e criar milhares de oportunidades de emprego.
“A MHSP é uma prioridade máxima para o nosso Governo como a opção de menor custo para satisfazer a nossa crescente procura de energia e atingir os nossos objectivos de acesso”, afirmou Ibrahim Matola, ministro da Energia do Maláui, acrescentando que, “uma vez operacional, este projecto ajudará a promover a segurança energética a longo prazo e a apoiar um crescimento económico duradouro e inclusivo.”
O projecto foi co-desenvolvido pelo Governo do Maláui e pela Sociedade Financeira Internacional (parte do Banco Mundial) como uma parceria público-privada com um custo global previsto de mais de 1,5 mil milhões de dólares, incluindo os custos de financiamento durante a construção e um consórcio constituído pela distribuidora francesa de energia Electricité de France e pela empresa de comércio de electricidade SN Malawi BV como patrocinadores estratégicos.
Prevê-se que o financiamento do MHSP consista em subvenções, contribuições em capital próprio, empréstimos e garantias de vários parceiros de desenvolvimento e partes interessadas do sector privado. Representará o maior investimento directo estrangeiro na história do Maláui.
As barragens principais e de regulação da MHSP no rio Shire irão gerar e armazenar energia limpa e fornecer electricidade durante as horas de maior procura, ajudando a melhorar a fiabilidade da rede nacional do país africano. A central hidroeléctrica irá também aumentar a capacidade da rede para suportar a demanda crescente das empresas mineiras do Maláui.
O director da Divisão do Banco Mundial para o Maláui, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué, Nathan Belete, afirmou: “Este novo projecto hidroeléctrico é um divisor de águas para o Maláui, capaz de catalisar mudanças transformadoras em sectores económicos produtivos como a exploração mineira, o agro-negócio e o turismo. À medida que o país trabalha para impulsionar a sua agenda de desenvolvimento económico, esta nova fonte de energia limpa e fiável ajudará a intensificar o crescimento empresarial, a criar emprego e a melhorar a vida dos malauianos.”
Outros investimentos importantes apoiados pelo Banco Mundial naquele país incluem o Projecto de Restauração de Energia de Emergência, centrado na reabilitação da central eléctrica de Kapichira, o Projecto de Interconexão Regional Moçambique-Maláui e o projecto recentemente aprovado de Aceleração da Transformação do Acesso à Energia Sustentável e Limpa, que visa melhorar as ligações eléctricas de última milha para a população do Maláui.