As autoridades nacionais anunciaram nesta quinta-feira, 15 de Maio, que Moçambique já cumpriu todos os indicadores para sair da “lista cinzenta” do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), entidade que avalia a implementação de medidas de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, revelando que a decisão final será tomada em Setembro próximo durante uma reunião a ser realizada em Maputo.
“Estamos à espera de receber os procedimentos para sair da lista cinzenta em definitivo e voltarmos à normalidade, de modo que deixemos de ser conhecidos como um país branqueador de capitais. Queremos recuperar as instituições nacionais para que os investidores possam voltar a confiar no nosso ambiente de negócios”, afirmou o coordenador nacional para a remoção de Moçambique da lista cinzenta, Luís Abel Cezerilo.
O responsável adiantou que a imagem do País melhorou nos últimos tempos diante das instituições financeiras internacionais, adiantando que todos os indicadores já foram cumpridos, e que agora faltam apenas “procedimentos protocolares” até ao anúncio da saída da lista.
“O Governo cumpriu todos os requisitos. O GAFI é uma instituição séria e, consequentemente, não vai trazer-nos nenhum outro motivo para não sairmos da lista cinzenta. O processo de retirada de Moçambique poderá acontecer em Setembro, numa reunião a ser realizada no País”, sustentou.
Em tempos, as autoridades moçambicanas avançaram que a saída de Moçambique da “lista cinzenta” estava pendente do cumprimento da última das 26 acções exigidas pelo GAFI no que diz respeito à lista das organizações não-governamentais (ONG) que movimentam elevadas somas de dinheiro, incluindo dados referentes à aplicação dos valores, com especial preocupação em Cabo Delgado e nos grupos terroristas que operam naquela província desde 2017.