O petróleo negoceia com ganhos contidos esta terça-feira (13), depois de ter atingido máximos de duas semanas durante a sessão da segunda-feira, com os investidores a olhar com precaução para o aumento da oferta de crude a nível internacional, à medida que avaliam se o alívio das tarifas por 90 dias entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China poderá trazer um acordo mais duradouro entre as duas maiores economias mundiais num futuro próximo.
O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os EUA – ganha 0,11% para os 62,02 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,06% para os 65 dólares por barril.
“A incerteza em torno das futuras negociações comerciais entre os EUA e a China no período de pausa de 90 dias e, para além deste, continua a ser elevada, dadas as diferenças substanciais entre as duas maiores economias do mundo em relação a algumas questões fundamentais”, escreveu Wang Tao, economista-chefe do UBS para a China, numa nota a que a Reuters teve acesso.
Do lado da oferta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) aumentou a produção de crude em mais do que o esperado desde Abril, com a produção de Maio a aumentar em cerca de 411 mil barris por dia, estando uma nova “abertura de torneiras” planeada para Junho.
No entanto, a descida dos preços do petróleo foi limitada por alguns sinais de que a procura por combustível refinado continua forte.
“Embora a procura tenha sido uma das principais preocupações do sector petrolífero, os reforços da oferta da OPEP+ significam que o mercado estará bem abastecido durante o resto do ano”, afirmaram analistas do ING à Reuters, acrescentando que o grau de abastecimento dependerá do facto de a organização manter os seus planos de aumentos agressivos do fornecimento em Maio e Junho.
Durante o dia, os traders estarão atentos aos dados da associação comercial American Petroleum Institute (API), que irá revelar os stocks de crude nos EUA na semana terminada a 10 de Maio.