Os principais índices asiáticos arrancaram a semana com ganhos, depois de a China e os Estados Unidos da América (EUA) terem feito “progressos substanciais” em dois dias de negociações em Genebra, com o objectivo de diminuir as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Pela Ásia, o Nikkei do Japão subiu 0,31%, enquanto o Topix ganhou 0,29%. Já na China, o Shanghai Composite subiu 0,71% e o Hang Seng de Hong Kong valorizou pelo oitavo dia consecutivo – a melhor série de ganhos em um ano –, ao registar uma subida de 1,08%. Por cá, os futuros europeus apontam para uma abertura em alta, com o índice Euro Stoxx 50 a ganhar 0,9%.
O início das negociações entre os EUA e alguns dos seus parceiros comerciais parece estar a atrair os investidores para a negociação de activos de risco. “O apetite pelo risco está a regressar aos mercados”, disse à Bloomberg Raj Singh, gestor de carteiras da Principal Asset Management. Embora o especialista espere que o sentimento de risco se mantenha durante algum tempo, “toda a situação comercial é bastante fluida e a incerteza é bastante elevada.”
Os investidores continuarão à procura de detalhes sobre as negociações entre Pequim e Washington, que deverão ser conhecidos durante esta segunda-feira (12), depois de funcionários chineses já terem passado a mensagem de que as negociações alcançaram um “desenvolvimento sustentável sólido” para a relação entre os dois países.
Adicionalmente, um acordo comercial alcançado com o Reino Unido na semana passada também ajudou a aumentar a confiança de que seria possível atenuar os impactos de uma guerra comercial alargada.
No plano internacional, a Índia e o Japão estão também a negociar com os EUA acordos para reduzir as taxas aduaneiras. O Japão não aceitará qualquer acordo comercial inicial que exclua um acordo sobre automóveis, segundo o primeiro-ministro do país, Shigeru Ishiba.
No Velho Continente, os activos de risco poderão também beneficiar dos sinais de que os líderes da Rússia e da Ucrânia poderão reunir-se esta semana. “O desanuviamento das tensões comerciais, económicas e geopolíticas poderá dar um impulso ao sentimento de risco do mercado”, afirmou Valentin Marinov, responsável de investigação e estratégia cambial no Credit Agricole.