O Presidente da República, Daniel Chapo, garantiu que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a alcançar os objectivos na perseguição de supostos rebeldes que atacaram a Reserva Especial do Niassa (REN), na região Norte do País.
“Houve estes ataques, mas estamos a trabalhar com as Forças de Defesa e Segurança, que estão no terreno a perseguir os terroristas e os desenvolvimentos que temos é que realmente se está a atingir os objectivos”, declarou.
Na sua intervenção, o chefe do Estado apelou para o fim dos ataques, referindo que os moçambicanos pedem a paz para o desenvolvimento. “Gostaríamos de fazer com que aquela reserva não seja um local de ataques permanentes de terroristas, mas continue a ser um destino turístico e para isso precisamos de trabalhar bastante para que o terrorismo seja combatido”.
Trata-se do segundo caso de alegadas movimentações terroristas naquela área, tendo o primeiro sido registado em 24 de Abril. Relatos locais indicam que o grupo, ainda em número indeterminado, entrou numa aldeia da reserva, gerando pânico entre os residentes.
Neste sentido, o Projecto Carnívoros do Niassa adiantou que a sua equipa e parte dos seus recursos logísticos já foram retirados do acampamento na sequência dos dois ataques à reserva. “Este episódio representa uma preocupante expansão do conflito que assola o Norte do País, atingindo agora uma das áreas de conservação mais importantes de Moçambique”, avançou.
A Associação Moçambicana de Operadores de Safaris (AMOS) também se mostrou preocupada face aos ataques de homens armados, pedindo “calma” a quem tenha actividades de caça já agendadas.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) afirmou que estava a investigar o caso. Já o ministro da Defesa, Cristovão Chume, reconheceu a existência de grupos terroristas na reserva.