As bolsas asiáticas terminaram mais uma sessão em alta, com o sentimento optimista a tomar conta dos mercados impulsionado pelo início das negociações da guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China.
A ronda de conversações tem início já este fim-de-semana, na Suíça, de forma a aliviar as tensões entre as duas maiores economias do mundo. “Embora as perspectivas sejam tranquilizadoras, ainda é muito cedo para esperar avanços significativos das negociações comerciais entre os EUA e a China, dada a sua complexidade”, considerou à Bloomberg Charu Chanana, estratega do Saxo Markets.
Os investidores esperam agora por algum desenvolvimento nas negociações, que podem vir a agitar as águas do mercado. Para já, Donald Trump impôs tarifas de até 145% sobre as importações chinesas, e Pequim retaliou com taxas de 125% sobre produtos norte-americanos.
“Esperemos que as negociações corram bem e que isso conduza a declínios tangíveis das taxas tarifárias”, afirmou Aidan Yao, do Amundi Investment Institute.
Na China, o Shangai Composite avançou 0,5% e, em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,8%, mas chegou a avançar 2,4%, depois de o Banco Popular da China ter reduzido a taxa de recompra reversa de sete dias para 1,4% de 1,5%, numa altura em que Pequim está a intensificar os esforços para ajudar uma economia nacional apanhada numa guerra comercial com os EUA.
No Japão, o Topix subiu 0,6% e o Nikkei perdeu de forma ligeira. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,55% e, na Austrália, o S&P/ASX 200 ganhou 0,3%.
Pela Europa, os futuros apontam para ligeiros avanços, com o Euro Stoxx 50 a subir 0,1%, isto depois de a União Europeia ter anunciado que vai aplicar tarifas adicionais a cerca de 100 mil milhões de euros de produtos norte-americanos, caso as negociações comerciais em curso não cheguem a um resultado satisfatório para o bloco.
As medidas de retaliação propostas serão partilhadas com os Estados-membros já esta quarta-feira (7), segundo avança a Bloomberg.
Tanto a Ásia como a Europa aguardam esta quarta-feira pela decisão da Reserva Federal quanto a juros directores, mas o mais certo – acredita o mercado – é que o banco central deixe os juros inalterados, apesar da pressão do Presidente dos EUA, Donal Trump, para uma subida.