Cem militares de mais de 40 países africanos vão visitar a China, a partir da próxima semana, para participarem em actividades de intercâmbio, a convite do Ministério da Defesa daquele país asiático.
De acordo com um comunicado citado pela agência turca Anadolu, a comitiva inclui militares de Moçambique, Egipto, Tanzânia e Quénia, que, por um período de dez dias, vão ter a oportunidade de visitar diversas cidades que compõem a província chinesa de Hunan.
O documento recorda que, no início deste ano, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, prometeu 136 milhões de dólares em ajuda militar a África durante as viagens oficiais realizadas à Namíbia, República Democrática do Congo, Chade e Nigéria.
Na altura, Wang também garantiu que o Governo chinês ajudará a treinar mais de 6 mil soldados e mais de mil polícias em todo o continente. “A deslocação da delegação africana ocorre após a conclusão de um exercício conjunto de treino entre as forças aéreas da China e do Egipto.”
“Estamos dispostos a expandir a cooperação em áreas como infra-estruturas, energia e recursos minerais, agricultura e economia digital, e apoiar a industrialização e diversificação económica de Moçambique”, frisou.
“O aprofundamento da cooperação militar bilateral é de importância estratégica para alcançar o desenvolvimento comum e manter a estabilidade regional, por isso vamos trabalhar para alcançar consenso em todas as componentes”, sustentou.
O país asiático apoiou os guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) na luta contra a administração colonial portuguesa e foi uma das primeiras nações a estabelecer relações diplomáticas com Moçambique, no dia da independência (25 de Junho de 1975).