O sector privado da África do Sul mostrou sinais de estabilização em Abril, emergindo de uma recessão de quatro meses, com as vendas a aumentarem ligeiramente e as cadeias de abastecimento a reforçarem-se, revelou um inquérito nesta terça-feira (6).
Segundo noticiou a Reuters, o Índice de Gestores de Compras (PMI) da S&P Global South Africa subiu para 50,0 em Abril, contra 48,3 em Março. Uma leitura do PMI acima de 50 indica crescimento, enquanto abaixo de 50 aponta para uma contracção.
Esta é a primeira vez desde Novembro de 2024 que o índice atinge a marca neutra, sinalizando uma ligeira recuperação das condições de negócio.
As novas encomendas, a produção e o emprego passaram todos para território de crescimento, embora a um ritmo modesto. As novas vendas aumentaram pela primeira vez em cinco meses, impulsionadas por pedidos de clientes de maior dimensão e por campanhas de marketing bem sucedidas, embora a incerteza económica tenha continuado a pesar sobre as despesas dos clientes.
As cadeias de abastecimento melhoraram notavelmente, com os prazos de entrega dos fornecedores a encurtarem pela primeira vez desde Junho de 2023, ajudados por um menor congestionamento portuário em Durban. Isto levou a um aumento modesto da actividade de compras, o primeiro em quatro meses, uma vez que as empresas procuraram repor os seus inventários.
No entanto, as pressões sobre os preços dos factores de produção intensificaram-se acentuadamente, atingindo um máximo de oito meses, em grande parte devido a um enfraquecimento do rand em relação ao dólar americano.
“A volatilidade do rand, especialmente durante a primeira metade de Abril, deixou a sua marca nos preços”, afirmou David Owen, economista sénior da S&P Global Market Intelligence.
Apesar das melhores tendências na actividade, “o optimismo para o próximo ano diminuiu, com as empresas a expressarem preocupações sobre a política nacional e internacional”, acrescentou Owen.