Os preços do barril de petróleo estão a aumentar mais de 2% esta terça-feira (6), retomando a procura pelo “ouro negro” numa altura em que o crude está próximo de mínimos de quatro anos.
O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos da América (EUA) – cresce 2% para 58,27 dólares por barril, enquanto o Brent – de referência para a Europa – valoriza 2,03% para os 61,45 dólares.
A recuperação chega numa altura em que os investidores procuram aproveitar os “saldos”, dado que a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) em aumentar a produção fez o preço do barril cair para níveis de 2021. A quebra desta segunda-feira (5) – na ordem dos 4% – fez-se sentir com o mercado a apontar receios para um excesso de petróleo.
“A ligeira recuperação dos preços do petróleo parece mais técnica do que fundamental. Ventos contrários persistentes, incluindo uma alteração crucial na estratégia de produção da OPEP+, uma procura incerta no meio dos riscos das tarifas dos EUA e a revisão em baixa nas previsões do preço, continuam a pesar no movimento”, explica à Reuters o analista Yeap Jun Rong.
Este é o segundo mês consecutivo em que a organização decide aumentar a produção. A partir de Junho vai colocar mais 411 mil barris de crude por dia no mercado.
As expectativas dos produtores é que a produção exceda o consumo, isto numa altura em que o petróleo assume uma perda superior a 20% desde Abril, momento em que foram anunciadas as tarifas de Donald Trump.
Os analistas acreditam ainda que o regresso dos investidores ao mercado chinês (que esteve em pausa) tenha contribuído para a subida, embora as tensões comerciais e o excesso de oferta ainda estejam na lista de principais preocupações.