O Moza Banco, um dos principais bancos comerciais em Moçambique, anunciou a nomeação de Manuel Soares para o cargo de presidente do Conselho de Administração (PCA) da instituição bancária, cargo que exercerá interinamente em substituição de João Figueiredo que recentemente cessou funções.
De acordo com um comunicado divulgado pelo jornal notícias, Soares possui uma carreira notável no sector bancário nacional, recordando que também ocupa o cargo de presidente da Comissão Executiva (PCE) do Moza Banco desde Julho de 2021, na sequência de uma alteração na estrutura accionista.
Em 2014, Manuel Soares foi membro do Conselho de Administração Executiva do Banco Comercial e de Investimentos (BCI) onde também foi responsável pela logística e compras, bem como pelo controlo e planeamento financeiro da tesouraria.
No mesmo banco, ocupou vários cargos entre 2001 e 2014, incluindo o de director Financeiro, Tesouraria, Controlo e Planeamento, Gestão de Riscos, Liquidação e Gestão de Tesouraria.
Em 1997, iniciou a sua carreira profissional na Ernst & Young Moçambique como auditor financeiro, chegando eventualmente ao cargo de gerente de Auditoria, onde os seus principais clientes eram os sectores, bancário, de seguros e de petróleo e gás.
Recentemente, o Tribunal Administrativo (TA) manteve a decisão de declarar nulos os actos administrativos do Banco de Moçambique (BdM) na intervenção no Moza Banco. Em causa, conforme um acórdão citado pela Lusa, está a forma como o banco central realizou a intervenção naquela instituição, alegando na altura a situação financeira instável e o seu risco sistémico, um anúncio feito através de um aviso publicado em 14 de Novembro de 2016, em Boletim da República (BR).
O Moza Banco passou a ser liderado em 2016 pela Kuhanha, sociedade gestora do fundo de pensões dos trabalhadores do BdM (actualmente com mais de 60% do capital social), na sequência da intervenção do banco central, quando tinha o português Novo Banco como um dos principais accionistas (49%), sucessor do Banco Espírito Santo.