O ouro está a recuperar terreno esta sexta-feira (2), após ter recuado para mínimos de duas semanas. Os investidores voltam às compras do metal amarelo, mesmo na ausência de novidades concretas sobre novas conversações entre os Estados Unidos e a China, embora tudo aponte para uma tentativa de aproximação diplomática.
O preço do ouro avança 0,43%, fixando-se nos 3 253,23 dólares por onça.
O recente alívio nas tensões tarifárias levou o metal — tradicionalmente considerado um activo de refúgio — a perder quase 2% nas negociações desta semana, registando assim a sua maior quebra desde Fevereiro.
Pequim estará a “avaliar” uma proposta de Washington relativa às tarifas, actualmente fixadas em 145%, embora as autoridades chinesas já tenham advertido que não irão ceder a “extorsões”.
“Verificou-se uma flexibilização da postura e a situação melhorou ligeiramente, mas ainda há muita incerteza”, explicou Soni Kumari, analista da ANZ, em declarações à Reuters.
Apesar da correcção registada ontem, a analista sublinha que “o ouro continuará a ser a preferência dos investidores”, acrescentando que esta quebra poderá ser encarada como uma oportunidade de entrada no mercado. “Se os preços continuarem a cair e se se aproximarem dos três mil dólares, pode surgir uma forte procura por parte dos investidores”, concluiu.