Os preços do petróleo estão a cair mais de 1%, numa altura em que os investidores continuam preocupados com a perspectiva de procura do “ouro negro”, que pode ser afectada de forma significativa por conta dos efeitos das tarifas.
O Brent, de referência para o continente europeu, cai 1,35% para 64,97 dólares por barril, enquanto o norte-americano West Texas Intermediate (WTI) recua 1,32% para 61,23 dólares.
O crude de referência para a Europa está a caminho da maior perda mensal desde 2021, com os preços pressionados pela rápida escalada das tarifas entre os Estados Unidos da América (EUA) e os parceiros comerciais, bem como pelos planos da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) para reforçar a produção.
Muitos países estão a tentar negociar com Washington, mas Pequim recusou-se, até agora, a fazê-lo. Enquanto a guerra comercial entre os EUA e a China parece não avançar em termos de negociação, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, pediu às nações para não cederem às ameaças de tarifas norte-americanas, destacando as intensas divisões globais.
O governante afirmou que o “apaziguamento” só iria encorajar o “rufia” (os EUA), durante uma reunião dos BRICS.
Por outro lado, as conversações entre Washington e Teerão estão a dar alguma esperança ao mercado de que, com o tempo, possam resultar em menos restrições às exportações de crude iraniano.
Além disso, com o apagão eléctrico na Europa, muitas refinarias espanholas foram obrigadas a parar.
A associação comercial American Petroleum Institute (API) revela nesta terça-feira (29) os dados dos stocks de crude nos EUA na semana terminada a 26 de Abril. Na quarta-feira (30), o Departamento norte-americano da Energia irá divulgar os níveis oficiais.