A balança comercial moçambicana com países africanos cresceu 66% nos últimos cinco anos, alcançando um volume de exportações de 7,1 mil milhões de dólares, avançou neste sábado (26) o Governo, no lançamento do acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA).
“A balança comercial de Moçambique com outros países de África registou, nos últimos cinco anos, um crescimento de 66% com valor total de exportações de 7,1 mil milhões de dólares”, afirmou a primeira-ministra, Maria Benvinda Levi, na cidade da Beira, província de Sofala, Centro do País, onde lançou o acordo da ZCLCA.
Na sua intervenção, a governante defendeu a exploração do mercado continental por todos os países, referindo que constitui uma oportunidade estratégica para internacionalização e especialização produtiva da economia e do sector privado nacional.
As autoridades moçambicanas anunciaram na Beira que o País passa a realizar trocas comerciais com 47 países africanos, no âmbito do acordo de ZCLCA.
“No âmbito do acordo da ZCLCA, Moçambique apresentou a sua proposta tarifária no ano passado, que foi aprovada em Fevereiro último pelos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), criando as condições para que o nosso País inicie as suas trocas comerciais com 47 países africanos que fazem parte desta iniciativa”, apontou Maria Benvinda Levi.
Para a governante, a materialização da iniciativa eleva a competitividade de África no domínio do comércio, colocando-a como referência no mercado da economia global, ao propiciar a promoção e dinamização das vantagens comparativas e competitivas das cadeias de valor dos países africanos.
As autoridades moçambicanas anunciaram na Beira que o País passa a realizar trocas comerciais com 47 países africanos, no âmbito do acordo de ZCLCA
Segundo a ministra, o acordo assinado assegura a livre circulação de pessoas e bens, a promoção de negócios e investimentos, assim como contribui para a dinamização da industrialização dos países africanos, através da adição de valor aos abundantes recursos naturais e matérias-primas existentes.
“Para alavancarmos a industrialização no nosso continente é importante assegurar a contínua inovação, melhoria do ambiente de negócios, modernização tecnológica e desenvolvimento de infra-estruturas de suporte, assim como a competitividade industrial e comercial dos nossos países”, frisou.
Como ganhos, elencou o equilíbrio nas balanças comerciais, o aumento das trocas comerciais intra-africanas, assim como a criação de oportunidades de emprego e a geração de renda dentro dos países africanos.
“A operacionalização da ZCLCA constitui uma oportunidade ímpar para a edificação e consolidação de um dos maiores mercados do mundo, assim como para a internacionalização estratégica do potencial produtivo dos países africanos”, concluiu Levi.
Fonte: Lusa