Os preços do ouro caíram na manhã desta segunda-feira (28) e estão a afastar-se do recorde da semana passada – quando o metal amarelo ultrapassou pela primeira vez os 3500 dólares por onça – à medida que o abrandamento das tensões comerciais instalou um novo apetite por activos de risco nos mercados internacionais.
O ouro perdeu 0,91%, caindo para 3289,650 dólares por onça.
Os investidores estão a reagir aos sinais de um desenrolar das negociações entre os Estados Unidos da América (EUA) e alguns dos seus parceiros comerciais, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter sugerido, na sexta-feira, que era improvável um novo adiamento das tarifas “recíprocas” mais elevadas.
Neste contexto, os países asiáticos poderão chegar a acordos provisórios para evitar a imposição de direitos aduaneiros antes do final do período de “pausa” para direitos recíprocos, em Julho. A administração Trump elaborou um quadro para gerir as negociações com cerca de 17 países – excluindo a China – segundo a Bloomberg. E embora “uma sensação de calma nervosa tenha regressado” aos mercados globais, “a ideia de que vários acordos poderiam ser concluídos dentro de semanas parece excessivamente optimista”, disse Charu Chanana, do Saxo Capital Markets, à Bloomberg.
Apesar das perdas registadas, o metal precioso já valorizou cerca de 25% este ano – superando quase todas as outras grandes classes de activos – com o proteccionismo de Trump e os receios de um abrandamento do crescimento económico mundial a estimularem a procura de activos-refúgio.