Depois de ter registado o seu 28.º recorde no início da semana, o ouro perde algum brilho, com notícias de um aligeirar das tensões comerciais a afastarem os investidores do activo-refúgio.
O ouro desvaloriza 1,33%, para os 3305,04 dólares por onça.
Tudo indica que a China está a avaliar a suspensão de tarifas a alguns produtos norte-americanos, incluindo chips.
“As notícias sobre potenciais isenções parciais em tarifas retaliatórias impulsionaram ainda mais o sentimento nesta sexta-feira (25) e permitiram que o ouro caísse abaixo dos 3300 dólares [por onça]”, afirmou à Bloomberg Yuxuan Tang, estratega do JPMorgan Private Bank, ressalvando que as quedas do metal precioso têm sido, no entanto, temporárias e que o recurso tende a recuperar.
O ouro, que não remunera juros, tende a ser visto como uma salvaguarda contra a instabilidade global e tem, por isso, beneficiado do contexto actual – só este ano valorizou 700 dólares.
Já o dólar valoriza esta sexta-feira. O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – ganha 0,187% para os 99,564 pontos. Um dólar mais forte torna o ouro mais caro para compradores estrangeiros.
As notícias sobre um possível aligeirar do conflito entre os EUA e a China impulsionaram a valorização de hoje do dólar, permitindo que a “nota verde” recuperasse das perdas de quinta-feira.
A Reserva Federal dos EUA disse não ter urgência em revisitar a política monetária, numa altura em que ainda avalia o impacto das tarifas de Donald Trump na economia norte-americana.