A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) anunciou que os accionistas aprovaram a distribuição de dividendos de 7,4 mil milhões de meticais (114,7 milhões de dólares), de um resultado líquido de 14,1 mil milhões de meticais (218,7 milhões de dólares) obtido em 2024, o mais alto da história da empresa.
De acordo com um comunicado, a decisão foi tomada em assembleia-geral realizada na segunda-feira (21), sublinhando que o valor líquido representa um crescimento de 8,48% em relação a 2023.
“Este resultado líquido é o corolário combinado da produção total gerada em 2024, que foi de 15 753,52 GigaWatts-hora (GWh), e do ajustamento da tarifa de venda de energia ao estrangeiro”, explicou Tomás Matola, presidente do Conselho de Administração da HCB, citado no documento.
Segundo o responsável, “particularmente para o Estado Moçambicano serão canalizados mais de 6,5 mil milhões de meticais que, associados aos impostos e taxas, reforçarão o Orçamento do Estado, necessário para a implementação dos programas sociais do País.”
A albufeira de Cahora Bassa é a quarta maior de África, com uma extensão máxima de 270 quilómetros em comprimento e 30 quilómetros entre margens, ocupando 2700 quilómetros quadrados e uma profundidade média de 26 metros, contando com quase 800 trabalhadores.
O Estado moçambicano detém 90% do capital social da HCB, desde a reversão para Moçambique, acordada com Portugal em 2007, enquanto a empresa portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) tem uma quota de 7,5% e a Electricidade de Moçambique 2,5%.