O Conselho Directivo da Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique decidiu não incluir o empresário Álvaro Massingue na corrida à presidência daquela agremiação, afastando-o ainda de todas as actividades por um período de 12 meses.
De acordo com um comunicado citado pela Agência de Informação de Moçambique, a posição foi tomada em sessão extraordinária realizada no dia 17 deste mês de Abtil, na sequência de um processo instaurado contra Massingue que é acusado de práticas ilícitas, com objectivo de interferir nas eleições internas.
Outras acusações que pesam sobre Massingue – que é também presidente da Câmara do Comércio de Moçambique (CCM) – inclui a regularização de quotas para um número de associações que fazem parte da CTA, uma acção que visa torná-las elegíveis a votar e, na sequência, influenciar o seu voto.
“Através de uma comunicação de decisão do processo disciplinar n.° 01/CD/2025, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique, através do seu Conselho Directivo, tomou a decisão de afastar Álvaro Massingue de todas actividades como membro por um período de um ano, facto que também o veda de participar e concorrer às eleições à presidência para a sucessão a Agostinho Vuma”, avança o documento.
A CTA explica que as medidas visam preservar a integridade institucional e a equidade do processo eleitoral, impedindo que, tendo actuado de forma “dolosa para manipular” o caderno eleitoral, Massingue possa beneficiar de vias indirectas para contornar os efeitos da sanção disciplinar que lhe é aplicada em razão da sua conduta pessoal e representativa.
A data para a eleição deste ano foi decidida pela 5.ª Secção Cível do Tribunal Judicial do distrito de Kampfumo, na cidade de Maputo, num escrutínio no qual o vencedor deverá substituir Agostinho Vuma. Até agora, apenas está formalizada a candidatura do empresário Lineu Candeeiro.