As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quinta-feira (17) em território positivo, com as negociações entre Japão e Estados Unidos da América (EUA) a darem algum alívio às principais praças da região.
Os dois países reuniram-se nesta quarta-feira para discutir a política comercial norte-americana. Donald Trump afirmou ter existido “grande progresso” nas negociações, o que deu um balão de oxigénio aos principais índices nipónicos.
O benchmark japonês Nikkei 225 conseguiu encerrar a sessão com ganhos de 0,85%, enquanto o mais abrangente Topix acelerou 0,83%. A política cambial parece ter ficado, para já, fora desta primeira ronda de negociações, o que está a deixar os investidores apreensivos em relação ao futuro do iene, mas um novo encontro já está a ser preparado – e o Japão quer realizá-lo ainda este mês.
De qualquer forma, os mercados vão estar extremamente atentos aos resultados destas reuniões. “Muitos investidores que pensaram, este tempo todo, que as tarifas mais extremas de Trump eram só uma táctica de negociação estão a acompanhar de perto estas negociações com o Japão, como um indicador do que está para vir”, explica à Philip Wool, analista da Rayliant Global Advisors, à Bloomberg.
No entanto, as negociações com outros países não se avizinham tão simples e a China é o grande exemplo disso. Na quarta-feira, Pequim indicou abertura para negociar com Washington, mas só se a Casa Branca cumprir uma série de condições. Os investidores responderam com bastante optimismo e o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 1,65%, enquanto o Shanghai Composite só conseguiu avançar 0,08%.
Já a Europa parece andar em contraciclo. A negociação de futuros do Euro Stoxx 50 aponta para uma abertura no vermelho, com quedas pouco expressivas de 0,2%, num dia marcado pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Face às ameaças à economia global e com a inflação em queda, Christine Lagarde vê-se obrigada a cortar nos juros – um movimento que deve repetir mais duas vezes este ano.