A Somália acolheu oficialmente o serviço de Internet por satélite Starlink, de Elon Musk, no país, assinalando um marco importante para a infra-estrutura digital da nação. A medida, há muito aguardada, foi anunciada no domingo (13), depois de o Governo somali ter concedido à Starlink uma licença operacional, após mais de dois anos de diálogo.
“Starlink agora na Somália!”, proclamou Musk numa publicação no X (antigo Twitter). A mensagem confirmava o que o Ministério das Telecomunicações da Somália posteriormente elaborou com mais pormenor: a nação da África Oriental aprovou formalmente o início das operações da Starlink, aumentando as esperanças de uma conectividade alargada e de uma melhor qualidade de serviço.
O anúncio foi ainda mais solidificado num vídeo publicado pela agência noticiosa estatal da Somália, SONNA, no qual Mustafa Yasiin, director de comunicação do Ministério das Telecomunicações, partilhou que o processo de licenciamento tinha levado dois anos e meio de conversações. “Demos-lhes a licença hoje. Esperamos que a Starlink aumente a qualidade da Internet existente no país e que o serviço chegue a zonas mais remotas”, disse Yasiin.
A Starlink utiliza uma rede de satélites de órbita terrestre baixa (LEO) para fornecer acesso à Internet de banda larga, especialmente em áreas onde as infra-estruturas convencionais são fracas ou inexistentes. A tecnologia foi concebida para ultrapassar as barreiras físicas que impedem a conectividade tradicional, o que a torna numa solução ideal para países como a Somália, onde vastas zonas rurais permanecem offline.
De acordo com dados do Banco Mundial de 2022, apenas cerca de 30% da população da Somália tinha acesso à Internet. Mesmo entre essa minoria, a conectividade consistente tem sido dificultada por infra-estruturas frágeis e pela falta de fornecedores de serviços fiáveis. Isto faz com que a entrada da Starlink no mercado somali não seja apenas oportuna, mas potencialmente transformadora.
Fonte: Innovation Village