Depois de um arranque de semana negro para os mercados financeiros, que mergulharam em território vermelho de forma global, as acções asiáticas estão a conseguir recuperar e os futuros da Europa apontam também para ganhos.
O Japão liderou as subidas do continente, com o Nikkei 225 a subir e 5,61% e o Topix a somar 6,28%, devido às expectativas de que o país terá prioridade nas negociações comerciais com os Estados Unidos da América (EUA).
Já a China registou uma recuperação, ainda que menor. O Hang Seng subiu 1,6% e o Shangai Composite ganhou 0,9%, depois de o país ter retaliado as tarifas de Donald Trump e afirmar que não vai ceder às ameaças norte-americanas – “um erro em cima de um erro”, afirmam analistas consultados pela Bloomberg. Por outro lado, algumas empresas estatais chinesas começaram a comprar acções para devolver algum equilíbrio às bolsas.
Trump afirmou que aplicaria uma taxa de mais de 50% à China, abrindo simultaneamente a perspectiva de algumas negociações.
Na Coreia do Sul, o Kospi avança 0,3% e, na Austrália, o S&P/ASX somou 1,7%.
Com os receios de uma recessão global e da escalada da guerra comercial, os investidores têm-se agarrado a quaisquer sinais de alívio e esperam desenvolvimentos do lado dos Estados Unidos. “É muito cedo para dizer que virámos a página, ainda com Trump a lançar a ideia de tarifas adicionais sobre a China”, referiu Tim Waterer, da KCM Trade, à Bloomberg.
Na Europa, a poeira dá sinais de que vai também pousar, com os futuros do Euro Stoxx 50 a subirem 2,1%, isto depois de na segunda-feira (7) Bruxelas ter proposto tarifas de retaliação de 25% sobre aço e alumínio dos EUA.
Segundo a Bloomberg, as acções mundiais já perdem 10 biliões de dólares desde o “Dia da Libertação”, quando Trump anunciou tarifas recíprocas que visaram todos os países e acabaram por ser mais agressivas do que o antecipado.