A Electricidade de Moçambique (EDM) revelou que, nos primeiros três meses do presente ano, foram investidos 200 milhões de meticais (3,1 milhões de dólares) para electrificar os postos administrativos de Calipo e de Regone, nos distritos de Mogovolas e Namarroi, nas províncias de Nampula e Zambézia, respectivamente.
Através de um comunicado, a entidade sublinhou que as actividades foram executadas no âmbito do projecto “Energia para Todos”, implementado pela EDM e pelo Fundo de Energia (FUNAE), com o objectivo de fornecer energia aos moçambicanos até 2030. A iniciativa foi definida na Estratégia Nacional de Electrificação (ENE), aprovada pelo Conselho de Ministros em 2018.
“Só no primeiro trimestre de 2025, a EDM superou a meta, tendo efectuado 90 mil novas ligações, contra as 45 mil previstas. Milhares de famílias passaram a ter acesso a energia a nível local”, elucidou.
No documento, a empresa descreveu que, desde 2020, 73 postos administrativos foram electrificados, tendo sido 56 através da rede eléctrica nacional e os restantes 17 por via de fontes renováveis.
“Durante o processo de expansão de energia, foram estabelecidas 563,8 mil novas ligações domiciliárias, das quais 395,6 mil através da rede eléctrica nacional e 170,1 mil por meio de fontes renováveis”, detalhou o relatório de execução orçamental.
O documento acrescentou que, no período em análise, foram construídos os primeiros 40 quilómetros “da espinha dorsal do sistema de transporte de electricidade de alta tensão a 400 quilovolts (kV), ligando o País de Norte a Sul, através dos troços Temane, Maputo, Chimuara e Alto Molócue.”
Por sue turno, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que, nos últimos cinco anos, a produção de energia eléctrica registou um crescimento contínuo, passando de 18,7 mil Gigawatts-hora (GWh) em 2019 para 19,7 mil GWh em 2023. O aumento de 5,3% foi impulsionado pela geração a partir de fontes renováveis, com as centrais hídricas a contribuírem com 82,7% do total de electricidade gerada em 2023.