A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) apresentou, recentemente, a sua nova visão estratégica às agências das Nações Unidas presentes em Moçambique, num encontro que teve lugar a convite da coordenadora residente da ONU, Catherine Sozi.
De acordo com um comunicado oficial, durante a reunião, o presidente do Comité Executivo da ADIN, Jacinto Loureiro, esclareceu o papel renovado da instituição no quadro do novo decreto que redefine as suas atribuições, reforçando a sua missão como entidade coordenadora dos projectos de desenvolvimento na região Norte do País.
Loureiro recordou que, desde a criação da ADIN, em 2020, havia expectativas quanto à sua capacidade de liderar e articular as iniciativas em curso no território, mas a ausência de instrumentos legais e operacionais adequados limitava a acção da agência. A falta de coordenação entre os diversos actores resultava em intervenções fragmentadas, sobreposição de esforços e impactos reduzidos.
“Esta realidade levou o Governo a reconhecer a necessidade de uma reformulação profunda da estrutura da ADIN, dotando-a de novas competências que lhe permitem exercer, de forma efectiva, o papel de coordenação estratégica”, sublinhou Loureiro.
No encontro, os representantes das agências das Nações Unidas colocaram diversas questões relacionadas com os mecanismos de articulação entre os níveis distrital, provincial e central do Governo, bem como com a distinção entre as acções de cariz humanitário e os projectos de desenvolvimento.
Em resposta, Jacinto Loureiro assegurou que a nova estrutura da ADIN estabelece mecanismos formais de coordenação entre os diferentes níveis de governação local, integrando os governos provinciais e as representações distritais. Destacou ainda que a agência actua, agora, com um mandato claro para assegurar uma intervenção integrada, sustentável e alinhada com as prioridades nacionais e os compromissos internacionais.
A reestruturação da ADIN representa, assim, uma aposta do Executivo no reforço institucional como meio de assegurar maior eficácia, coerência e impacto nas acções de desenvolvimento na região Norte, marcada por desafios socioeconómicos agravados por conflitos e deslocações populacionais.