O secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Marco Rubio, considerou o embaixador sul-africano, Ebrahim Rasool, como “persona non grata” e pediu respeito pelas normas diplomáticas, acusando-o de alimentar “tensões raciais”. O diplomata, tem 72 horas para sair do território norte-americano.
De acordo com uma publicação da Rádio França Internacional, a posição de Marco Rubio foi partilhada nas redes sociais, acompanhada de um artigo do site Breitbart News, que relata que Ebrahim Rasool acusou Donald Trump de liderar um movimento supremacista branco global.
“O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos deixou de ser bem-vindo no nosso grande país. Ebrahim Rasool é um político que incita racismo, que odeia a América e odeia Trump”, acusou Rubio.
Diante da situação, a África do Sul lamentou a decisão e pediu a todas as partes para manterem o “decoro diplomático”, sublinhando que “continua empenhada em construir uma relação mutuamente benéfica” com Washington.
Essa decisão é mais um golpe na relação entre Washington e Pretória. Em Fevereiro, o Presidente americano anunciou a suspensão de todos os financiamentos para a nação africana, devido a uma lei de expropriação de terras que, segundo Trump, oprimia a minoria branca sul-africana.
Ebrahim Rasool, de 62 anos, que já foi embaixador entre 2010-15 durante a administração de Barack Obama, apresentou as credenciais no dia 15 de Janeiro de 2025. Na altura, Joe Biden ainda Presidente dos EUA, cinco dias depois, Donald Trump prestou juramento como o novo chefe do Estado.
Numa das entrevistas ao canal de televisão sul-africano, SABC News, Rasool reconheceu que a tarefa de embaixador nos EUA seria difícil, sublinhando a necessidade de reiniciar a relação entre os dois países.