Os preços do petróleo estão a negociar na linha de água, com os investidores a reflectirem sobre os últimos desenvolvimentos nas tarifas, a abertura das torneiras pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) e os dados da inflação na China, que levantam preocupações sobre a procura no maior importador de crude do mundo.
O Brent – de referência para o continente europeu – segue praticamente inalterado face à última sessão, nos 70,36 dólares. O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos da América (EUA) – desvaloriza uns modestos 0,04% para 67,01 dólares.
A inflação na China caiu mais do que o esperado, ficando abaixo de zero pela primeira vez em 13 meses, o que faz soar os alarmes de deflação no maior comprador de petróleo do mundo.
Mas o foco dos mercados continua a ser as tarifas. O Presidente norte-americano Donald Trump disse, em entrevista à Fox News, que a economia norte-americana enfrentava um “período de transição” e que os cidadãos vão enfrentar dificuldades depois da onda de tarifas impostas, não excluindo ainda uma recessão devido a estas medidas.
“A incerteza sobre as tarifas continua a ser o factor por detrás desta fraqueza”, explicaram os analistas do ING, citados pela Reuters, que acrescentam ainda que os cortes nos preços do petróleo da Arábia Saudita para a Ásia também prejudicaram o sentimento do mercado.