A TotalEnergies esclareceu que não suspendeu contratos com empresas subcontratadas para o projecto Mozambique LNG, na península de Afungi, no distrito de Palma, em Cabo Delgado. A empresa admite, no entanto, que não está a renovar contratos que já chegaram ao fim, um processo que considera natural dada a situação actual do projecto.
A posição foi assumida pelo presidente do Mozambique LNG, Mazime Rabilloud, após um encontro com o governador da província. O gestor refutou as informações avançadas por alguns órgãos de comunicação social que indicavam que a petrolífera francesa teria suspendido centenas de trabalhadores ligados ao projecto de exploração de gás na Área 1 da bacia do Rovuma.
“Todos sabemos que ainda estamos numa situação de ‘força maior’. Posso até partilhar algumas perspectivas sobre esse tema mais tarde, mas, neste momento, é evidente que ainda não há condições para o reinício do projecto. Entretanto, estamos a realizar diversas obras de preservação e preparação para uma futura retoma. Estas obras, no entanto, não são contínuas, pois algumas têm um início e um fim bem definidos. Infelizmente, quando uma dessas operações é concluída, ocorre uma desmobilização natural, que será seguida posteriormente pelo arranque de novas obras”, afirmou Rabilloud.
O projecto Mozambique LNG encontra-se suspenso desde 2021, na sequência dos ataques terroristas que atingiram a vila de Palma. A exploração de gás na Área 1 da bacia do Rovuma estava inicialmente prevista para 2023, mas a situação de insegurança na região levou ao adiamento indefinido do projecto.
A resposta de Rabilloud surge após informações divulgadas pelo portal Africa Intelligence, segundo as quais a TotalEnergies teria instruído o consórcio CCS, composto pelas empresas Saipem (Itália), Chiyoda (Japão) e McDermott (EUA), a suspender as operações e dispensar trabalhadores.
Embora não haja previsões concretas para a retoma do projecto, Rabilloud garantiu que a TotalEnergies continua comprometida com a manutenção das infra-estruturas e com a preparação do local para um eventual reinício das operações assim que as condições de segurança forem consideradas adequadas.
Fonte: O País