O Maláui poderá gerar até 30 mil milhões de dólares com as suas exportações minerais entre 2026-40, segundo o Banco Mundial (BM). A indústria mineira deverá representar 12% do Produto Interno Bruto (PIB) do país até 2027, com a expansão de projectos existentes e o lançamento de novas iniciativas.
O BM estima que as receitas anuais do sector mineiro atinjam os 3 mil milhões de dólares em 2034. Este crescimento será impulsionado por novos investimentos, e a Semana Africana de Mineração, a realizar-se de 1 a 3 de Outubro de 2025 na Cidade do Cabo, África do Sul, será uma oportunidade crucial para atrair investidores globais e fortalecer o sector.
Este ano, o Maláui já registou avanços significativos na sua indústria mineira, com vários projectos de exploração e produção a avançarem a bom ritmo. Estes progressos alinham-se com a Estratégia de Agricultura, Turismo e Minas, criada para atrair investimentos e impulsionar o crescimento económico do país.
Recentemente, a empresa australiana Lotus Resources obteve um financiamento de 38,5 milhões de dólares dos bancos First Capital Bank e Standard Bank para o seu projecto de urânio em Kayelekera. Esse investimento vai apoiar a operação do empreendimento e posicionar o Maláui como um produtor competitivo de urânio, especialmente com a crescente procura global.
A Sovereign Metals, com o apoio da Rio Tinto, está a avançar com o projecto Kasiya Rutile-Graphite, que possui a maior reserva mundial de rutilo e a segunda maior de grafite. Um estudo de viabilidade divulgado em Janeiro prevê receitas de 16,4 mil milhões de dólares, posicionando o projecto como uma importante fonte de rendimento para o país.
Com 665 milhões de dólares destinados ao seu desenvolvimento, o projecto Kasiya está preparado para se tornar um fornecedor essencial de rutilo e grafite. Estes minerais são cada vez mais procurados globalmente devido ao seu uso nas indústrias de energia verde e outras tecnologias emergentes.
No sector das terras raras, a Lindian Resources procura novos investidores para o seu projecto em Kangankunde. A empresa contratou a Mota-Engil, pagando 1,3 milhão de dólares, para desenvolver infra-estruturas e acelerar o progresso do projecto, que reforçará a posição do Maláui na cadeia global de fornecimento de minerais.
Fonte: Energy Capital & Power