Um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criou roupa inteligente capaz de armazenar dados e monitorizar a saúde do utilizador. A inovação, liderada por Yoel Fink e sua equipa, foi divulgada recentemente na revista Nature e promete revolucionar o sector têxtil e da tecnologia vestível.
De acordo com o portal New Scientist, um fio tem 256 kilobytes de memória integrada, mais ou menos o mesmo que uma calculadora simples. Tem Bluetooth e é capaz de recolher dados sobre a localização do corpo.
“Estamos a chegar a um ponto em que podemos criar aplicações para tecidos, começar a monitorizar a nossa saúde e a fazer todo o tipo de coisas que um telemóvel, francamente, não pode fazer”, arfirmou Fink.
O processo de fabrico envolve a colocação dos chips numa caixa condutora e a sua ligação com um fio de cobre. Em seguida, são envolvidos em plástico para os proteger. Este conjunto é depois puxado para um tubo mais fino que pode ser coberto com tecido, como o algodão ou a fibra sintética Kevlar.
A equipa está agora a testar as roupas feitas com os computadores de fios numa expedição ao Ártico, como parte da Operação NANOOK, um exercício militar do Exército canadiano.
Para além de registar o exercício, poderá ser, por exemplo, útil para detectar quando uma pessoa vulnerável teve uma queda perigosa, explica o investigador Theo Hughes-Riley.
O que o torna mais eficaz é o facto de não precisar de ter os sensores conectados entre si, o que torna a sua aplicação prática mais simples. E os fios até podem ser lavados – mas só com água, que há cuidados a ter quando falamos de roupa tecnológica.