A castanha de caju surgiu nos últimos anos como uma mercadoria promissora no mercado global. Actualmente é considerada uma cultura importante para a economia de Moçambique, sendo uma fonte de rendimento para mais de um milhão de famílias produtoras.
A província de Nampula, na região Norte, é uma das maiores produtoras e processadoras de castanha de caju no País, um sector que emprega também mais de 8 mil pessoas. Neste sentido, as autoridades consideram fundamental revitalizar a produção de modo que se tenham resultados positivos a longo prazo.
Citado pela Agência de Informação de Moçambique, o Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM) fez saber que prevê exportar, no presente ano, mais de 160 mil toneladas de castanha de caju, superando a meta de 152 mil toneladas estimadas anteriormente pelo Executivo.
O director-geral do IAM, Ilídio Bande, argumentou que a quantidade vai trazer ganhos significativos aos produtores, comerciantes e exportadores, uma vez que o preço de referência na presente campanha é de 45 meticais por quilograma, contra 35 meticais da campanha passada.
“Registámos uma boa evolução, e temos a certeza que iremos ultrapassar a fasquia das 160 mil toneladas. O País possui um grande potencial, adoptámos novas dinâmicas de produção, o que nos faz crer que vamos atingir outros patamares.”
Mesmo diante dos aspectos animadores, Bande sublinhou que ainda persistem desafios relacionados com a melhoria da qualidade das amêndoas moçambicanas, infra-estruturas, mudanças climáticas e financiamento.
No ano passado, Moçambique e a China assinaram um acordo que permite a exportação de novos produtos agrícolas moçambicanos sem taxas alfandegárias. Os novos produtos contemplados pelo acordo são a macadâmia, o feijão-bóer e a castanha de caju, que poderão ser exportados para o mercado chinês sem a aplicação de tarifas, reforçando as oportunidades para os produtores agrícolas moçambicanos.
O acordo, com uma validade de três anos e renovação automática, foi rubricado pela embaixadora de Moçambique na China, Maria Gustavo, e pelo embaixador chinês em Moçambique, Wang Hejun.