Mais de 11 mil toneladas de castanha de caju foram comercializadas na actual campanha agrícola (2024-25) na província de Inhambane, no Sul do País. Do total, mais de 500 toneladas foram exportadas para o mercado internacional, permitindo que os produtores arrecadassem 36 milhões de meticais.
Segundo informou o jornal notícias, os números representam uma execução de 66,6% de um total de 16,5 mil toneladas de castanha de caju que a província prevê comercializar na actual campanha. A informação faz parte do relatório apresentado na semana passada, durante a Primeira Sessão Ordinária do Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado, em Inhambane.
A porta-voz do órgão, Elvira Xirinda, sublinhou que o sector das amêndoas faz um balanço positivo da comercialização da castanha de caju. Na campanha passada, foram comercializadas 6,7 mil toneladas do produto, das 16,5 mil toneladas planificadas, o que correspondeu a uma realização de 41%, representando uma variação negativa de 56,1% em relação a campanha anterior.
O preço estabelecido situou-se nos 44,78 meticais na actual campanha contra os 34,20 meticais praticados na campanha anterior (2023-24), permitindo que os produtores arrecadassem mais de 300 milhões de meticais.
Segundo Xirinda, o fraco desempenho verificado “está associado à ocorrência de chuvas e ventos fortes durante o período de frutificação, aliado ao fenómeno climático El Niño que afectou a região Sul na campanha passada.”
Para a produção e estabelecimento de cajueiros na campanha 2023-24, a região planificou produzir e distribuir 495 mil mudas mas conseguiu 482 mil, o que corresponde a um desempenho de 98,6% e uma variação positiva de 4,8% em relação ao mesmo período da época anterior.

Na actual campanha, através da distribuição de mudas por semeadura directa, foram plantados 695 mil cajueiros, representando um desempenho de quase 76% em relação ao plano estipulado para o fomento, que era de 915 mil plantas. A actividade permitiu a plantação de árvores de caju numa área de 16,1 mil hectares e beneficiou mais de 11 mil famílias de produtores.
Para a componente de gestão integrada do cajueiro (tratamento químico) contra pragas e doenças para melhorar a produção e a produtividade, foram tratadas 949 mil plantas, o que representa um desempenho acima dos 900 mil cajueiros previstos.
Este valor representa uma variação positiva de 8% em relação à época passada, em que foram tratados 839 mil cajueiros. Do total tratado na actual campanha, quase 30% foram infectados pela praga da cochonilha (um insecto parasita que se alimenta da seiva das plantas, enfraquecendo-as e matando-as), resultando numa perda aproximada de três toneladas de castanha de caju.