Papel-moeda nada mais é do que a representação do nosso sistema monetário actual, impresso em formato de cédulas.
É o dinheiro oficial de um país, sendo emitido pelo banco central autorizado pelo Governo. É o padrão monetário mais utilizado no mundo.
O papel-moeda é importante porque facilita as transacções comerciais e financeiras, diminuindo os seus custos.
Como surgiu o papel-moeda?
O processo evolutivo do comércio mundial aconteceu de maneira muito interessante.
Em meados do século XVIII, o comércio era realizado através do processo de escambo, ou seja, troca de mercadorias entre si. Entretanto, esse método apresentava algumas limitações.
A primeira delas era que a troca de produtos costumava ser realizada mediante os interesses pessoais da população. Ou seja, era preciso que os comerciantes tivessem vontade ou necessidade de trocar os seus bens e fizessem isso apenas com quem possuísse o mesmo nível de interesse.
Por exemplo: um agricultor que desejasse obter peixes poderia realizar essa troca desde que algum pescador também desejasse adquirir as suas batatas. E assim por diante.
Essa limitação levava a uma segunda dificuldade: longas jornadas para realizar o escambo. Tais viagens traziam consigo perigos de assaltos e também de deterioração dos produtos perecíveis.
Com o passar do tempo, o homem descobriu um certo valor nos minérios do país. Neste momento, começava-se a utilizar o cobre, bronze, metal, prata e ouro como moeda de troca, literalmente.
Com a criação da moeda, surgiram também os primeiros bancos. Afinal, era necessário um local específico para armazenar e gerir toda essa movimentação de dinheiro.
Mas convenhamos: carregar sacos e mais sacos de moedas não era nada prático. Por essa razão, foram criadas notas promissórias que valiam a quantidade retirada ou depositada daquele material valioso.
Como é que o papel-moeda é fabricado?
Actualmente, existem apenas quatro empresas no mundo inteiro, responsáveis por fornecer a matéria-prima utilizada na confecção do papel-moeda.
Este papel tem características especiais, ou seja, são próprias para o fabrico de dinheiro. É composto por três lâminas sobrepostas, sendo as externas feitas de pasta de madeira, e a do meio feita com pasta de algodão.
Este papel possui ainda uma combinação química que gera um nível específico de PH no produto, altamente secreto por questões de segurança.
Uma vez que esta matéria-prima é fabricada e encaminhada para onde a moeda é fabricada receberá uma série de camadas de tinta, combinadas com códigos de verificação. Não é a toa que o papel-moeda possui algumas “marcas” que asseguram a sua validade.
Podemos produzir papel-moeda em procura livre?
Certamente que esta é uma das primeiras perguntas que fazemos a nós mesmos, quando nos deparamos com algumas realidades de extrema pobreza do país: “Se o dinheiro é fabricado, por que não pode ser impresso e distribuído aos montes, principalmente aos mais necessitados?”
A riqueza de um país não está na quantidade de papel-moeda circulante, pois as cédulas são apenas símbolos que representam produtos ou serviços disponíveis no mercado.
A verdadeira economia mundial gira em torno da oferta e procura entre bens de consumo. Portanto, a quantidade de papel-moeda impressa deve ser equivalente à mesma quantidade de bens disponíveis no país.
Se o Governo distribuísse papel-moeda livremente a todos os povos necessitados, os produtos teriam os seus valores afectados pela inflação, sem contar que a moeda local ficaria desvalorizada, dificultando o processo de comercialização externa com outros países.
Ou seja, o que parece uma solução, na verdade, iria causar mais problemas ainda.
Fonte: Mais Retorno