Os “passion investiments” vão muito além do tradicional investimento financeiro. Em vez de apenas se focarem em retornos monetários, procuram activos que tenham significado pessoal e emocional para eles. Podem variar desde arte, vinhos, relógios e carros clássicos até itens coleccionáveis, como selos, moedas antigas ou brinquedos.
Por esta altura deve estar a perguntar-se se os “passion investments” são uma boa forma para diversificar a sua carteira de investimentos. A resposta é: depende muito (muito mesmo) de que tipo de investidor é.
Não é a função deste artigo indicar no que deve investir. Porém, é importante deixar marcadas algumas características dos “passion investments” que irão nortear a decisão sobre investir neles ou não.
Aplicar em “passion investments” é uma boa ideia para grandes e experientes investidores, porque, muitas vezes, um pequeno investidor pretende alocar o seu capital em activos de maior liquidez, já que na maioria dos casos estas pessoas precisam do retorno num curto ou médio prazo.
“Passion investments” não oferecem alta liquidez. Pelo contrário, negociar uma obra de arte pode levar muito tempo. Além disso, o custo inicial para se investir num artigo alternativo pode ser muito alto. Em muitos lugares vamos ouvir ou ler que um dos melhores “passion investments” é o de vinhos. E, por exemplo, no fundo Bordeaux Wine Fund, especializado no sector, o investimento inicial é de mais de 10 milhões de meticais.
Além da liquidez e do preço, os “passion investments” oferecem uma outra limitação para pequenos e médios investidores: o acesso à informação. Não há muitos indicadores de desempenho, métricas e informações transparentes sobre o assunto.
Para um investidor experiente pode ser mais fácil aceder a estes dados, ao passo que a mesma facilidade já não existe para pessoas que ainda estão a começar.
Fonte: Mais Retorno