O Governo revelou que o volume das exportações de Moçambique para a União Europeia (UE) atingiu mais de 5,3 mil milhões de dólares (334,9 mil milhões de meticais) entre 2020-24, sendo que, no mesmo período, as importações situaram-se acima dos 4,1 mil milhões de dólares (259,1 mil milhões de meticais).
De acordo com o ministro da Economia, Basílio Muhate, a UE assume, actualmente, a primeira posição na lista dos maiores parceiros, detendo um papel importante no processo de desenvolvimento económico do País.
A informação foi revelada nesta segunda-feira (17), em Maputo, durante a realização da primeira edição do “Networking Europeu”, que juntou as Câmaras de Comércio de Moçambique e da Europa, bem como a Confederação das Associações Económicas (CTA), empresários e outros convidados.
No seu discurso de abertura, o governante destacou que o evento surge numa altura em que o País se esforça para recuperar a economia, após os impactos negativos causados pela destruição de muitas empresas durante as manifestações pós-eleitorais convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane.
“O Executivo reconhece os esforços dos empresários europeus, principalmente para a criação de empregos. É neste contexto que encorajamos para que trabalhem sempre em articulação com as instituições nacionais de apoio ao investimento, fomento empresarial e comércio externo.”
Muhate lembrou que a transformação estrutural da economia é um dos maiores eixos estratégicos para a recuperação e modernização sustentável dos processos de desenvolvimento em Moçambique, por isso, “convidou a UE a apoiar o País através de parcerias inteligentes.”
Recentemente, o director-executivo da CTA, Eduardo Sengo, admitiu que o crescimento económico neste ano vai ficar muito abaixo do de 2024, caso não sejam adoptadas medidas de apoio após os actos de vandalismo e pilhagens de bens que ocorreram durante as manifestações pós-eleitorais.