Decorreu nesta segunda-feira, 17 de Fevereiro, na cidade de Maputo, o “Business Network da União Europeia”, durante o qual a Associação dos Empresários Europeus (EUROCAM) reiterou a sua confiança no País, defendendo a necessidade de se combater a corrupção.
“Na Eurocam, há empresários que estão em Moçambique há mais de três gerações. Eu estou desde 1996. Temos membros que já adquiriram nacionalidade moçambicana e cujas empresas empregam exclusivamente cidadãos nacionais”, afirmou Simone Santi, destacando: “Não podemos desistir. Pelo contrário, devemos focar-nos nos aspectos positivos, como o facto de Moçambique ser um país com grande dinamismo, rico em recursos naturais de excelente qualidade. Assim, queremos reafirmar a nossa confiança no futuro.”
O responsável sublinhou que Moçambique necessita de capital estrangeiro e de empresários europeus que têm demonstrado capacidade de colaboração com a classe empresarial moçambicana, através da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) e da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
“Os empresários europeus preferem operar em ambientes com regras claras e sem corrupção, onde haja um regulador e um árbitro sério, que permitam um mercado justo e transparente”, afirmou Santi.

O presidente da Eurocam destacou ainda a importância da juventude para o futuro do País, frisando que a Europa pode proporcionar oportunidades a jovens empresários, permitindo-lhes crescer rapidamente, e, num futuro próximo, consolidar as suas posições no mercado. “A Europa é o principal investidor em Moçambique, com 3,83 biliões de meticais (60 mil milhões de dólares)”, reforçou.
Durante o evento, o embaixador da União Europeia em Moçambique, Antonino Maggiore, manifestou a disponibilidade da UE para apoiar a recuperação económica moçambicana.
“As empresas europeias são os maiores investidores em Moçambique. Para além do papel fundamental do sector privado, posso confirmar, em nome da União Europeia, que estamos prontos para colaborar estreitamente com as instituições, com o Governo e com todas as forças vivas do País, apoiando os esforços para implementar reformas”, declarou.
O diplomata acrescentou que a União Europeia dispõe de diversos instrumentos concretos para apoiar tais reformas, citando como exemplo a recente visita da chefe da Missão de Observação Eleitoral, que apresentou o relatório final sobre o processo eleitoral, contendo recomendações específicas para a melhoria da transparência e da governança democrática.
Texto: Nário Sixpene