O Presidente de Angola, João Lourenço, assumiu a presidência rotativa da União Africana (UA) no sábado, 15 de Fevereiro, em Adis Abeba. Na ocasião, o líder angolano comprometeu-se a trabalhar em prol da paz e da segurança no continente africano, reconhecendo que esses problemas constituem um grande obstáculo ao desenvolvimento do continente, informou a Voz da América (VOA).
O recém-eleito presidente da UA destacou que os conflitos em regiões como o Sudão e a República Democrática do Congo exigem soluções urgentes, tendo-se comprometido a trabalhar para garantir a estabilidade no continente.
O Presidente angolano frisou ainda a importância de se desenvolverem políticas económicas e sociais que promovam o progresso em África, sublinhando que vai empenhar-se em atrair investimento estrangeiro e angariar recursos financeiros, com o objectivo de impulsionar o crescimento económico do continente.
Além disso, João Lourenço quer aumentar o investimento em infra-estruturas e reforçar as contribuições financeiras dos países-membros da UA, pois considera que estas medidas são essenciais para reduzir a dependência da ajuda externa.
Durante a cimeira da UA, o governate sublinhou que a luta contra a pobreza, a fome e o desemprego serão os principais objectivos da sua presidência, acreditando que com estas melhorias será possível reduzir a probabilidade de conflitos armados e de migração ilegal nas fronteiras africanas.
O chefe de Estado angolano destacou ainda o papel do seu país no fornecimento de energia a outros países africanos: “Gostaria de realçar o contributo que Angola pode dar para o desenvolvimento de África, disponibilizando os seus excedentes energéticos para mitigar as necessidades de vários países nesta área”. João Lourenço mencionou também a importância do Corredor do Lobito e dos Caminhos-de-Ferro Tanzânia-Zâmbia para o comércio intra-africano, considerando estes projectos essenciais para o fortalecimento da economia africana.
Além disso, colocou a justiça para os africanos e afrodescendentes como uma das suas prioridades, defendendo a necessidade de uma posição comum sobre temas como justiça fiscal, alívio da dívida e inclusão social, visando aumentar a influência do continente na governação financeira mundial.