Os governos de Moçambique e Angola querem estreitar as relações bilaterais e revitalizar os acordos de cooperação existentes, com vista a impulsionar o desenvolvimento económico das duas nações.
Reunidos à margem da Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), que aconteceu em Adis Abeba, na Etiópia, o Presidente moçambicano Daniel Chapo e o seu homólogo angolano João Lourenço abordaram a necessidade de se efectuar uma revisão aos acordos assinados no passado, para, a breve trecho, colocá-los em prática.
“No encontro, falámos sobre a situação política, económica e social de Moçambique, constatámos ser urgente reactivar alguns acordos que estão adormecidos e reforçar a diplomacia entre os dois países”, afirmou Chapo em entrevista à Agência de Informação de Moçambique.
O governante destacou que a irmandade histórica entre os países abriu caminho para uma cooperação mais estreita em diversas áreas, tendo ainda felicitado Angola pela eleição para a presidência rotativa da União Africana, destacando a relevância histórica desse momento para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
“A última vez que um país africano de língua portuguesa presidiu à UA foi em 2003 através do Presidente Joaquim Chissano, e agora, após 20 anos, um país lusófono volta a ocupar essa posição de destaque”, recordou.
Chapo sublinhou ainda que a liderança de Angola na organização representa também uma vitória para Moçambique e demais países membros dos PALOP, e avançou que está preparado para prestar apoio, rumo ao sucesso da UA.
Em Adis Abeba, Daniel Chapo reuniu-se com o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, e afirmou terem discutido “assuntos de interesse comum para os nossos países”. Reuniu-se ainda com a Presidente da República da Tanzânia, Samia Hassan Suluhu, com o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e com a directora-executiva do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/SIDA (ONUSIDA), Winnie Byanyima.