A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que congrega o sector privado, lamentou a lentidão na renovação de vistos de residência para empresários estrangeiros, com cerca de 170 processos parados nos serviços de migração do País desde Outubro do ano passado, informou a Lusa.
“A questão migratória tem estado a colocar grandes obstáculos ao desenvolvimento das actividades empresariais”, declarou o director-executivo adjunto do organismo, Eduardo Sengo, nesta sexta-feira (14).
De acordo com o responsável, há cerca de 170 processos parados sem justificação plausível nos serviços de migração de Moçambique.
“O Presidente da República [Daniel Chapo] disse que devíamos acabar com a burocracia, mas vemos instituições como a migração que estão simplesmente a ignorar este tipo de mensagens e não sabemos porquê”, referiu Sengo.
O representante afirmou que o atraso na renovação dos vistos faz com que as empresas estrangeiras paguem multas pesadas.
“No caso de alguém que está a trabalhar ou a viver em Moçambique e tem um visto não renovado, as multas são quase diárias”, explicou, acrescentando que esta situação “transmite uma má imagem e tem impactos negativos na economia do País”, além de “atrasar projectos de empresas públicas e estrangeiras.”
“Atraímos delegações para Moçambique e quando querem começar a trabalhar encontram este tipo de obstáculos”, lamentou.