A inflação em Moçambique atingiu 4,69% em Janeiro, após uma nova subida de preços de 1,45% face a Dezembro passado, segundo dados divulgados esta sexta-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e constatados pela Lusa.
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) do INE indica que a variação mensal foi impulsionada principalmente pelo aumento dos preços na categoria de alimentação e bebidas não alcoólicas, que contribuíram com 1,16 pontos percentuais para a inflação global do período.
Janeiro marcou o quinto mês consecutivo de subida dos preços, após uma tendência de deflação observada entre Maio e Agosto de 2024. Em Dezembro, a inflação mensal tinha sido de 1,60%, evidenciando uma ligeira desaceleração na variação dos preços.
As províncias do Sul do País foram as mais afectadas pela subida dos preços em Janeiro, com destaque para Inhambane, que registou um aumento de 3,04%, e a cidade de Xai-Xai, capital da província de Gaza, onde os preços subiram 2,13%.
Na comparação homóloga, ou seja, em relação a Janeiro de 2024, os preços aumentaram 4,69%. Este crescimento foi particularmente influenciado pelos sectores de alimentação e bebidas não alcoólicas, que registaram um aumento de 12,04% num ano, e pelo sector de restaurantes, hotéis, cafés e similares, que encareceram 5,07%.
Os dados do INE também mostram que a inflação acumulada de 2024 fechou em 4,15%, abaixo dos 5,3% registados em 2023 e significativamente inferior ao pico de quase 13% alcançado em Julho de 2022, período de forte pressão inflacionária no País.
Especialistas apontam que a tendência inflacionária em 2025 dependerá de factores como a estabilidade dos preços dos produtos alimentares, o comportamento da moeda nacional face ao dólar e a evolução da economia global, que influencia os custos de importação.
O Banco de Moçambique tem monitorizado a inflação para ajustar a sua política monetária, de modo a conter eventuais impactos sobre o poder de compra das famílias e o custo de vida no País.