O Presidente da República, Daniel Chapo, reiterou nesta sexta-feira, 14 de Fevereiro, que o diálogo para o fim da crise pós-eleitoral vai ser alargado, apelando à união e condenando a destruição das infra-estruturas durante os protestos que acontecem em quase todo o País.
“Queremos alargar este debate para todos os estratos sociais, devemos estar todos incluídos nas questões ligadas às reformas, pois é falando que a gente se entende”, declarou Chapo, à margem da reunião do Comité Central da Frelimo, que decorre na cidade da Matola, província de Maputo, região Sul de Moçambique.
“Apelo também ao fim das manifestações violentas, que estão a destruir o tecido social e económico que construímos durante anos, tanto no sector público como no privado”, acrescentou o governante.
De acordo com chefe do Estado, além das reformas à Lei Eleitoral, o diálogo para o fim da crise pós-eleitoral vai incluir discussões ligadas ao processo de descentralização do poder, com o intuito de recuperar “valores sociais”.
“Sabemos muito bem e reconhecemos que precisamos de recuperar alguns valores relacionados com a moral e ética. A juventude precisa de saber de onde é que saímos, onde estamos e para onde vamos”, declarou.
Daniel Chapo tem estado a dialogar com os partidos políticos para discutir reformas estatais, incluindo a alteração da Lei Eleitoral e da Constituição, um processo iniciado pelo anterior Presidente, Filipe Nyusi.
Em Janeiro, Chapo anunciou consensos sobre os termos de referência para discutir as reformas estatais, após um encontro com os quatro líderes das principais forças partidárias moçambicanas. A reunião não contou com a presença de Venâncio Mondlane, o segundo candidato mais votado nas eleições presidências de 2024.
Composto por 255 membros e mais 17 suplentes, o Comité Central da Frelimo reúne-se para eleger Daniel Chapo como presidente do partido, além de eleger um novo secretário-geral.