Banco de Moçambique Retira Inspector Residente do Standard Bank

O Banco de Moçambique (BdM) anunciou nesta quinta-feira, 13 de Fevereiro, que retirou o inspector residente que havia sido indicado para trabalhar no Standard Bank, por considerar que a instituição bancária alcançou progressos significativos na cultura de riscos, governação e controlo interno.

“Esta decisão decorre da eficaz colaboração do Standard Bank, SA e do seu accionista, bem como dos progressos significativos alcançados na cultura de risco, governação e controlos internos da instituição”, avançou a instituição através de um comunicado consultado pelo Diário Económico.

Contudo, apesar dos resultados positivos, o BdM clarificou que o Standard Bank continua sujeito à supervisão em conformidade com os procedimentos aplicados às demais instituições bancárias de Moçambique.

Em Outubro do ano passado, o banco central nomeou Cláudio Júlio Mangue, um quadro sénior da sua entidade para o cargo de inspector residente no Standard Bank com o objectivo de garantir o seu acompanhamento.

Na altura, o BdM justificou a indicação com a necessidade de “garantir um acompanhamento contínuo, objectivo e imparcial das actividades das instituições de crédito e sociedades financeiras, preservando os interesses dos clientes e assegurando a estabilidade do sistema ­financeiro.”

O Standard Bank Moçambique é um banco privado constituído em 1967, com sede em Maputo. Tem como empresa-mãe e accionista maioritário o Stanbic Africa Holdings Limited, um banco de investimento constituído no Reino Unido que detém uma participação equivalente a 98,15% do capital social e integralmente detido pelo Standard Bank Group. Os restantes 1,85% do capital da sucursal de Moçambique são detidos por accionistas minoritários.

O Banco de Moçambique tinha antes nomeado inspectores residentes para o Banco Comercial e de Investimentos, S.A (BCI), Millennium bim e para o Absa Bank Mozambique, SA.

Em 2024, o banco central considerou o BCI, Millennium bim e Standard Bank como os três bancos sistémicos do País, à semelhança da classificação de 2023. Já o Moza e o Absa foram classificados como sendo os dois quase sistémicos no sistema financeiro nacional.

No primeiro semestre do ano passado, o lucro dos cinco maiores bancos moçambicanos cresceu 9,5% para 12,4 mil milhões de meticais (192,4 milhões de dólares), com o Standard Bank a liderar nos números, uma vez que os seus lucros tinham aumentado 3% para 3,9 mil milhões de meticais (60 milhões de dólares).

Texto: Cleusia Chirindza