A multinacional australiana South32 garantiu que as tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos, com entrada em vigor a 12 de Março, não terão impacto significativo na sua operação em Moçambique. A informação foi avançada pelo CEO da empresa, Graham Kerr, durante a apresentação dos resultados semestrais, segundo informou o portal Engineering News.
A medida norte-americana, assinada pelo Presidente Donald Trump numa cerimónia à porta fechada na Casa Branca, foi justificada como uma forma de proteger indústrias consideradas estrategicamente importantes para os EUA.
“O secretário do Comércio informou-me que artigos de aço estão a ser importados para os Estados Unidos em tais quantidades e sob tais circunstâncias que ameaçam prejudicar a segurança nacional do país”, refere a proclamação presidencial.
Contudo, Graham Kerr minimizou a situação, considerando que a decisão de Washington parece ser “mais um instrumento de negociação do que uma política de longo prazo”. O gestor esclareceu que, do ponto de vista da empresa, a medida não afectará significativamente a colocação dos seus produtos no mercado.

A South32 opera unidades de produção de alumínio no Brasil, na África do Sul e em Moçambique, sendo que, no caso moçambicano, a exploração ocorre através da fundição Mozal Aluminium.
A Mozal representa um dos principais pilares económicos do País, tendo gerado cerca de 1,1 mil milhões de dólares (70,2 mil milhões de meticais) em exportações em 2023, o que tornou o alumínio no terceiro maior produto de exportação nacional.
Apesar de ter implementado planos de contingência para mitigar possíveis impactos operacionais decorrentes das novas tarifas, a empresa não avançou detalhes sobre essas medidas. No entanto, mantém-se confiante na estabilidade da produção em Moçambique e na continuidade das suas operações sem grandes perturbações.