Moçambique foi classificado como um destino perigoso para viagens pelo Reino Unido e Estados Unidos da América (EUA) desde o início deste ano, juntando-se a uma lista de países para onde as deslocações são desaconselhadas ou requerem reconsideração, informou esta quarta-feira, 12 de Fevereiro, a agência de notícias Voz de América (VOA).
Segundo o órgão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico incluiu Moçambique na sua lista de destinos para os quais as viagens são consideradas de alto risco. Outros países recentemente adicionados incluem Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Irão, Sudão e Líbano.
Paralelamente, o Departamento de Estado norte-americano mantém Moçambique no nível três de alerta para os seus cidadãos, num total de quatro níveis de risco. Dentro deste patamar, os americanos são aconselhados a “reconsiderar” viagens ao País devido aos distúrbios resultantes das manifestações, além de preocupações relacionadas com saúde, crime, instabilidade civil e terrorismo.
Segundo o Governo dos EUA, as manifestações em Moçambique têm-se tornado “frequentemente violentas”, resultando em “pilhagens, vandalismo e destruição de propriedade”, acrescentando ainda que a resposta policial envolve frequentemente o uso de “munições reais e gás lacrimogéneo.”
O aviso também destaca que “o crime violento, como assaltos, é uma ocorrência comum no País”, pelo que se alerta os cidadãos americanos a não viajarem para determinados distritos das províncias de Cabo Delgado e Nampula devido ao risco de terrorismo.
Importa referir que estas classificações colocam Moçambique numa posição sensível no panorama internacional, podendo impactar negativamente o turismo e investimentos estrangeiros no território nacional.