A onça de ouro está a afastar-se dos máximos históricos que atingiu nesta terça-feira (11), isto depois de o presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, ter afirmado que o banco central está dedicado a fazer com que a inflação alcance a meta de 2%, não tendo, para já, pressa em cortar os juros directores.
A esta hora, o metal precioso perde algum do seu brilho e desvaloriza 0,16% para 2893,17 dólares por onça – não muito longe dos valores recorde de 2942,70 dólares que atingiu na sessão anterior.
“Estamos a assistir a uma pequena retirada de mais-valias no ouro, após máximos históricos e antes da próxima leitura da inflação nos Estados Unidos da América, que se configura como um possível evento de risco para o metal precioso. Isto se a inflação subjacente acelerar”, afirmou Tim Waterer, analista-chefe de mercados da KCM Trade, à Reuters.
As previsões apontam para uma desaceleração da inflação subjacente, que exclui os produtos com maior volatilidade de preço, em Janeiro. Estima-se que o Índice dos Preços no Consumidor (PCI, na sigla inglesa) tenha aumentado 3,1% em termos homólogos, um pouco abaixo dos 3,2% registados em Dezembro.
O ouro arrancou o ano com o pé direito. Com os receios de uma possível guerra comercial a ficarem cada vez mais evidentes, o metal precioso tem beneficiado da sua posição como um activo-refúgio. Desde o início do ano, já valorizou mais de 10%.