Fundada em Agosto de 2022 por Aravind Srinivas (que já trabalhou no Google e na OpenAI), Denis Yarats (anteriormente investigador de IA do Facebook) e Johnny Ho (engenheiro da plataforma Quora), a Perplexity AI promete rivalizar tanto com o Google como com o ChatGPT. Isto porque funciona como uma mistura entre um chatbot e um motor de busca.
A startup de Inteligência Artificial (IA) generativa define-se como o primeiro algoritmo de conversação baseado em fontes fiáveis em tempo real. Em geral, a aplicação tem uma usabilidade semelhante à do ChatGPT, mas responde aos pedidos dos utilizadores com textos e fotografias, sempre com fontes oficiais e citações bibliográficas.
Em meados de Abril de 2024, a empresa anunciou que tinha angariado 63 milhões de dólares numa ronda de financiamento, o que a elevou ao estatuto de unicórnio, atingindo um valor de mercado superior a mil milhões de dólares.
A empresa já tinha angariado outras rondas de financiamento em que participaram investidores como o fundador da Amazon, Jeff Bezos, e a Nvidia. O director executivo da Nvidia, Jensen Huang, afirmou anteriormente que utiliza o produto “quase todos os dias”, segundo a Bloomberg.
Controvérsias
A empresa também esteve envolvida em polémicas e foi acusada de “roubar” conteúdos de sites de notícias. O caso mais notório foi o da Forbes. No início de Junho, a revista divulgou uma reportagem de investigação sobre a startup de drones de IA do antigo CEO da Google, Eric Schmidt. No dia seguinte, a Perplexity publicou uma página gerada por IA sobre a história, utilizando a sua nova funcionalidade “Perplexity Pages” e enviou-a aos seus subscritores.
Em meados de Abril de 2024, a empresa anunciou que tinha angariado 63 milhões de dólares numa ronda de financiamento, o que a elevou ao estatuto de unicórnio, atingindo um valor de mercado superior a mil milhões de dólares
John Paczkowski, editor executivo da Forbes, chamou a atenção da Perplexity no X (antigo Twitter), dizendo: “Isto rouba a maior parte das nossas reportagens. Cita-nos como fontes da forma mais ignorante possível.”
O director executivo da Perplexity, Aravind Srinivas, agradeceu a Paczkowski por ter assinalado o problema e disse que o produto tinha falhas, concordando que as fontes deviam ser encontradas mais facilmente e destacadas de forma visível.
A Perplexity actualizou então a página web gerada por IA para citar o trabalho da Forbes da forma mais proeminente, segundo o Business Insider. Mais tarde, a Forbes divulgou uma declaração acusando a Perplexity de “roubar” vários artigos de diferentes publicações.
Noutro caso, a revista online Wired publicou uma investigação sobre a Perplexity em meados de Junho, alegando que a IA estava a “parafrasear histórias da Wired e, por vezes, a resumir histórias de forma imprecisa e com atribuição mínima.”
IA Perplexity: como utilizar
A ferramenta é muito simples e intuitiva, semelhante ao ChatGPT. Basta aceder ao website da plataforma e o utilizador será encaminhado para um ecrã inicial onde pode introduzir as suas perguntas. A plataforma responde com um texto gerado por IA e cita fontes como sites de notícias, onde o utilizador pode conferir as informações. Apresenta também fotografias relacionadas com o tema que está a ser pesquisado.
O uso é gratuito, mas o Perplexity também oferece uma assinatura paga com recursos adicionais. No modelo pago, os assinantes podem seleccionar o modelo de IA que preferem para gerar as respostas, incluindo GPT-4o, Claude-3, Sonar Large (LLaMa 3), entre outros
Oferece também um separador chamado “Descobrir”, com um conjunto de artigos relacionados com os temas quentes do dia, que são amplamente vistos por outros utilizadores.
O uso é gratuito, mas o Perplexity também oferece uma assinatura paga com recursos adicionais. No modelo pago, os assinantes podem seleccionar o modelo de IA que preferem para gerar as respostas, incluindo GPT-4o, Claude-3, Sonar Large (LLaMa 3), entre outros.
Além de responder a perguntas, a ferramenta também pode ser utilizada para tarefas quotidianas, como resumir ficheiros PDF e traduzir textos.
Fonte: Época Negócios