O Dia dos Namorados (14 de Fevereiro) é uma ocasião especial para celebrar o amor e partilhar momentos inesquecíveis com quem se ama. E nada combina melhor com um jantar romântico do que um bom vinho, capaz de transformar qualquer encontro numa experiência ainda mais marcante.
Seja num primeiro encontro ou momento especial com o parceiro(a), a escolha do vinho faz toda diferença e tem o poder de conectar as pessoas e transformar momentos comuns em extraordinários, assim como o vinho errado pode, de facto, comprometer a experiência.
Mas perante tantas opções disponíveis, como escolher o vinho ideal para a comemoração? Seja um espumante refrescante, um tinto encorpado ou um branco leve, cada rótulo pode trazer um toque especial à celebração.
Em encontros a dois, o objectivo é criar um ambiente de conexão, intimidade e romance, e as propriedades sensoriais dos vinhos podem ser grandes aliadas.
E, sim, o visual importa!
O visual faz a diferença! É por isso que nos arranjamos de forma especial para os encontros românticos. Da mesma forma, escolher um bom copo para servir o vinho tem o seu valor. Copos de cristal são, sim, visualmente mais delicados, ainda que bons copos de vidro cumpram bem a função. E não precisa de enchê-los demais. Colocar menos vinho, além de mais funcional, traz um visual delicado e elegante a ocasião. Ao terminar, é só repor.
Seja num primeiro encontro ou momento especial com o parceiro(a), a escolha do vinho faz toda diferença e tem o poder de conectar as pessoas e transformar momentos comuns em extraordinários, assim como o vinho errado pode comprometer a experiência
Partilhar bons copos tem um valor estético e incita à conexão, mas é fundamental que o vinho escolhido esteja em harmonia com a comida, com o local e com a companhia, para que a experiência seja, de facto, um sucesso.
Assim, nem sempre aquele vinho que costuma escolher vai “fazer bonito” no encontro, e eis as razões para tal acontecer:
Interacção com as comidas:
Da mesma forma que um relacionamento amoroso necessita de entrosamento para ser prazeroso e fluido, a comida e o vinho devem partilhar afinidades para entregar uma dança de sabores harmoniosa e agradável.
Ainda que o prato e o vinho sejam de excelente qualidade, quando estão juntos sem entrosamento não entregarão experiências prazerosas. Isto acontece porque a interacção entre os componentes presentes podem provocar sensações agradáveis ou desagradáveis.
Mas como evitar erros e ter sucesso nas suas escolhas de vinho e comida?
De um modo geral, a intensidade do vinho deve acompanhar a da comida (e vice-versa).
Por isso, considerando a harmonização, vinhos brancos e rosés são escolhas assertivas para acompanhar sushi, enquanto os tintos farão bons pares com pratos de mais estrutura e sabor intenso, como uma massa, por exemplo.

O ambiente importa
Um dos componentes estruturais dos vinhos é o álcool, substância que se consumida com moderação pode tornar o seu momento muito mais relaxante.
Acontece que o álcool é um vasodilatador, que contribui directamente para o aumento da nossa temperatura corporal, podendo provocar calor excessivo e comprometer o bem-estar do momento, a depender do contexto.
Quanto maior o teor alcoólico do vinho, maior será a sensação térmica. Dessa forma, em ambientes quentes, vale a pena optar por vinhos menos alcoólicos. Já em locais frios, vinhos de maior teor alcoólico podem tornar a ocasião mais aconchegante.
Sorriso roxo não é elegante
À medida que vamos bebendo os vinhos tintos mais extraídos e pigmentados, os nossos dentes vão tingindo e o resultado ao longo da noite são sorrisos arroxeados, o que não é nada elegante. Além de afectar a estética, essa coloração pode ser difícil de remover rapidamente, exigindo escovagem ou o consumo de água para minimizar os efeitos. Para escapar desta situação, uma boa estratégia é alternar goles de vinho com água ou optar por vinhos com menor carga de taninos e pigmentação, o que também ajuda a evitar a sensação de boca seca.

E se por um lado os taninos secam a boca, a acidez presente nos vinhos faz salivar bastante. Assim, vinhos brancos, rosés e tintos jovens são óptimas opções, pois têm a acidez e vivacidade oportunas para o seu encontro.
Boas escolhas de vinho
Considerando todos estes pontos, as boas indicações para aproveitar o melhor dos momentos a dois são tintos de leve a médio corpo, como os feitos com as uvas Pinot Noir e Tempranillo com tipicidade de casta. Vinhos brancos e rosés bem-feitos são também excelentes alternativas. Considere os gostos pessoais e tenha um feliz Dia de São Valentim!
Fonte: Adega Sage