Angola assinou, a 22 de Janeiro, o Tratado do Alto Mar, um acordo internacional crucial para a protecção da biodiversidade marinha em áreas fora da jurisdição nacional. O tratado foi assinado pela ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, informou o Further Africa.
Com este compromisso, Angola dá um passo importante para fortalecer a sua política de conservação marinha e gestão sustentável dos oceanos. A ministra destacou que o tratado vai contribuir para “melhorar o conhecimento, a governação e o desenvolvimento económico” do país, especialmente no que diz respeito à economia azul.
“A economia azul, que explora os recursos marinhos de forma sustentável, tem um vasto potencial em Angola. O nosso país, com uma costa de 1850 quilómetros, oferece muitas oportunidades para o desenvolvimento, tanto no sector da pesca como noutras áreas, como é exemplo a maricultura (aquacultura marinha). A adesão ao Tratado do Alto Mar coloca Angola no caminho de fortalecer a sua presença internacional nesses sectores”, avançou a governante.
O Tratado do Alto Mar tem como principais objectivos enfrentar as ameaças ambientais em águas internacionais, promover a utilização sustentável dos recursos marinhos e reforçar a cooperação global na governação dos oceanos. Este acordo abrange dois terços dos oceanos globais e fornece um quadro essencial para a gestão da biodiversidade marinha.
Carmen do Sacramento sublinhou a importância da maricultura no crescimento económico de Angola. “A sua prática pode ser fundamental para reforçar a produção nacional de alimentos e aumentar as exportações de produtos marinhos, contribuindo assim para a diversificação da economia e o aumento do Produto Interno Bruto do país.”
Além disso, a ministra falou sobre a necessidade de um planeamento e gestão costeira sustentáveis. “A ideia é evitar sobreposições na governação e garantir o uso eficiente dos recursos marinhos”, concluiu.