O Banco Mundial aumentou as suas previsões de crescimento económico para a África do Sul, com destaque para uma recuperação sustentável nos sectores da energia e da logística. A nova projecção aponta para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8% em 2025, um valor superior aos 1,3% anteriormente previstos. A instituição financeira também espera que o crescimento acelere para 2% até 2027, conforme o relatório de Actualização Económica publicado nesta terça-feira, 4 de Fevereiro.
Apesar do optimismo com a recuperação de sectores-chave, a instituição financeira alertou que a África do Sul enfrenta grandes dificuldades em atingir o ritmo de expansão necessário para reduzir significativamente a pobreza e o desemprego. Estes desafios estruturais continuam a ser obstáculos críticos para o progresso económico e social do país.
Os sectores da energia e da logística, que têm mostrado sinais de recuperação, são vistos como motores importantes para o crescimento nos próximos anos. A melhoria nas infra-estruturas e a diversificação da produção energética são vistas como fundamentais para garantir uma base sólida para o futuro económico da África do Sul.
No entanto, o Banco Mundial destacou que o país precisa de realizar reformas profundas, não apenas económicas, mas também sociais, para garantir que os benefícios do crescimento económico cheguem a todos. “A persistente desigualdade e os altos índices de desemprego continuam a ser um fardo pesado, especialmente para as populações mais vulneráveis”, salientou o banco.
Segundo o relatório “Actualização Económica do Banco Mundial”, embora a previsão de crescimento seja mais favorável, a situação macroeconómica do país permanece delicada. “A estabilidade política e a eficácia na implementação de políticas públicas serão cruciais para sustentar o crescimento nos próximos anos”, lê-se no documento.
Enquanto o Banco Mundial se mostra cautelosamente optimista com o crescimento económico da África do Sul, a principal preocupação recai sobre os desafios sociais persistentes. O país terá de adoptar medidas mais eficazes para garantir que o crescimento seja inclusivo e ajude a resolver os problemas de pobreza e desemprego que ainda afligem grande parte da sua população.
Fonte: Bloomberg