O Banco Comercial e de Investimentos (BCI) acolheu, na quinta-feira, 30 de Janeiro, no seu auditório, em Maputo, o relançamento do livro de poesia do escritor moçambicano Juvenal Bucuane, intitulado A Raiz e o Canto. O evento não só marcou a reedição da obra, como também celebrou os 40 anos da sua publicação original e da carreira literária do autor.
De acordo com um comunicado do banco, A Raiz e o Canto reúne 38 poemas e conta com o patrocínio do BCI, estando já disponível para leitura nas mediatecas da instituição. Como refere a sinopse do livro, “estes poemas, que agora se abrem diante dos nossos olhos e nos sussurram aos ouvidos a sua força e nos abraçam, são o eco do grito iniciático de um jovem.”
Para Carla Mamade, directora das Mediatecas do BCI, “a literatura é uma alavanca essencial para o desenvolvimento cultural e social. O BCI compromete-se a continuar a apoiar a arte e os seus criadores, em prol do progresso de Moçambique.”
Marcelo Panguana, escritor e representante da editora Lithangu, expressou o privilégio da editora em fazer parte deste momento. “A editora sente-se privilegiada por fazer parte desta cerimónia que consolida a carreira do poeta e gratifica a literatura moçambicana, particularmente a sua poesia”, disse, felicitando o BCI pelo apoio prestado.
Já o professor Aurélio Cuna, que fez a apresentação do livro, enumerou quatro razões para a reedição de A Raiz e o Canto. A primeira, de natureza intimista, aponta para o carácter marcante da obra para o autor. A segunda, de carácter pedagógico, destaca o livro como fonte de inspiração para novos talentos da poesia e da cultura nacional. A terceira razão é histórica, dada a evolução demográfica e o aumento do número de pessoas alfabetizadas no País. Por último, Cuna sublinhou a imortalidade da poesia, que transcende o tempo.
Por sua vez, o poeta Juvenal Bucuane partilhou a história do início da sua carreira, que se entrelaça com o lançamento do seu primeiro livro, em Janeiro de 1985, juntamente com a obra Amar sobre o Índico, do poeta Eduardo White. “Estes livros são gémeos, nasceram da mesma mãe (a AEMO), ao mesmo tempo, no mesmo dia e na mesma colecção ‘Início’. Este foi o início da minha carreira como autor, pela qual hoje estou a comemorar 40 anos”, lembrou.
O evento foi ainda marcado por momentos de declamação de poesia, onde se entrelaçaram testemunhos de vida, confissões e revelações, tornando a ocasião ainda mais festiva e emotiva.



