Daniel Chapo dirigiu pela primeira vez as celebrações do Dia dos Heróis Moçambicanos, na qualidade de Presidente da República, e exortou todos a envolverem-se na preparação das celebrações dos 50 anos do Dia da Independência nacional, como forma de reconhecer os feitos dos combatentes da luta de libertação.
No evento que teve lugar na Praça dos Heróis, na cidade de Maputo, o chefe do Estado afirmou que a divulgação da história do País é fundamental, pois constitui uma inequívoca fonte de inspiração para a juventude de hoje e do futuro.
Chapo disse esperar “que cada cidadão, onde quer que se encontre, e independentemente das suas diferenças, se envolva em iniciativas criativas para celebrar o grande momento da história de Moçambique. Celebrar os 50 anos da Independência significa, igualmente, reconhecer os que lutaram pela liberdade de todo um povo. Queremos que todos se inspirem nos nossos heróis, pois a edificação do País deveu-se muito à coragem e à determinação de diferentes gerações”, frisou.
Por sua vez, na live deste domingo, 2 de Fevereiro, o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane defendeu a criação de uma nova lista de heróis nacionais e a definição de 18 de Março como o “novo Dia dos Heróis em Moçambique. Estipulamos o dia 18 de Março como o novo Dia dos Heróis, porque foi neste dia, em 2023, que começou o grande movimento para a nova República”, declarou, a partir de um directo na rede social Facebook, lendo um documento que classificou como “o segundo decreto presidencial.”
O político defendeu ainda a adopção de “novos heróis”, destacando-se políticos, incluindo o primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, o fundador da Frelimo (partido no poder), Eduardo Mondlane, e o histórico líder da Renamo, Afonso Dhlakama, além do falecido músico Azagaia.
“Estes são os heróis nacionais resultantes da pesquisa e da consulta popular feita ao povo moçambicano da actualidade para aquilo que consideramos a nova era”, acrescentou.
O Estado moçambicano consagrou 3 de Fevereiro como Dia dos Heróis em homenagem a Eduardo Mondlane, assassinado nesta data em 1969. Segundo a história, Mondlane morreu quando uma bomba escondida num livro que tinha nas mãos explodiu, num atentado atribuído à extinta Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), entidade do regime colonial português.